DAMARES, RETARDADA E PERIGOSA
Há 9 horas
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quinta-feira, 2 de abril de 2009
The Mist.Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
Estilo/Gênero: Thrash, Death.
Saudações, mortais.
(esse post atende ao pedido do Gabriel)
A banda "The Mist" se formou em Belo Horizonte, em 88, mas para contar a história dessa banda é preciso voltar um pouco mais. Em 86 uma banda "Mayhem", formada por Gentil nos vocais, Beto e Reinaldo "Cavalão" nas guitarras, Renato "Pururuca" no baixo, e Cristiano "Balão" na bateria, lançou sua única demo chamada "Adrenalin". A demo continha apenas duas músicas mas serviu para colocar a banda na coletânea "Warfare Noise II". Mas isso não foi o suficiente para manter a banda que resolveu se separar. Porém, o baterista Cristiano "Balão" ainda sentia que podia ter uma banda e deu início ao "The Mist". Cristiano, que passou a usar Christiano Salles, juntou-se ao vocalista Vladimir Korg (que deixou a banda Chakal em 1988), chamou seu companheiro de "Mayhem", o guitarrista Reinaldo "Cavalão" e ainda agregou o guitarrista Roberto Lima, e o baixista Marcelo Diaz. Era o ano de 88 e, depois de alguns ensaios, essa formação lançou o primeiro álbum oficial: "Phantasmagoria". Esse primeiro registro foi responsável por alçar a banda ao nível dos grandes nomes da época como Chakal, Sarcófago, Sepultura, Overdose e Holoacausto. A mistura crua entre Thrash e Death Metal somada às letras politizadas e contestadoras escritas por Korg marcaram a personalidade da banda que até hoje figura entre as mais importantes da história do rock pesado brasileiro. Como nem tudo são flores, pouco depois do disco ser lançado os guitarristas Reinaldo "Cavalão" e Roberto Lima deixam a banda. "Cavalão" formou o "Gothic Vox" e, infelizmente, faleceu em 91.
The Mist - Phantasmagoria (1989)
A saída dos dois guitarristas da banda poderia causar um colapso fatal para os projetos de Christiano e sua banda. Mas não causou. Muito pelo contrário: o guitarrista que ocupou o posto foi ninguém menos que Jairo Guedez, ex-Sepultura. Através de seus acordes os bangers verde-e-amarelo - e posteriormente os de todo o mundo - puderam testemunhar "The Hangman Tree", segundo álbum da banda que foi lançado em 91. O disco gira em torno de um personagem que está prestes a ser enforcado. A qualidade dos músicos também cresceu: Korg tinha letras mais amadurecidas e apresentava-se em seu auge vocal, o baixo de Marcelo Diaz é criativo e com personalidade, a guitarra de Jairo supriu perfeitamente a ausência de um segundo guitarrista, Christiano e sua bateria estão ensurdecedores, as composições eram mais encaixadas. A banda lotava apresentações e recebia crítica cada vez mais positivas. Mais uma vez, quando tudo indicava sucesso, outra baixa: o vocalista Vladimir Korg resolve deixar a banda.
A saída dos dois guitarristas da banda poderia causar um colapso fatal para os projetos de Christiano e sua banda. Mas não causou. Muito pelo contrário: o guitarrista que ocupou o posto foi ninguém menos que Jairo Guedez, ex-Sepultura. Através de seus acordes os bangers verde-e-amarelo - e posteriormente os de todo o mundo - puderam testemunhar "The Hangman Tree", segundo álbum da banda que foi lançado em 91. O disco gira em torno de um personagem que está prestes a ser enforcado. A qualidade dos músicos também cresceu: Korg tinha letras mais amadurecidas e apresentava-se em seu auge vocal, o baixo de Marcelo Diaz é criativo e com personalidade, a guitarra de Jairo supriu perfeitamente a ausência de um segundo guitarrista, Christiano e sua bateria estão ensurdecedores, as composições eram mais encaixadas. A banda lotava apresentações e recebia crítica cada vez mais positivas. Mais uma vez, quando tudo indicava sucesso, outra baixa: o vocalista Vladimir Korg resolve deixar a banda.
The Mist - The Hangman Tree (1991)
Depois do choque inicial a banda resolve prosseguir e Marcelo Diaz, baixista da banda assume os vocais. Os vocais tiveram que ser superproduzidos, com efeitos e sobreposições de vozes. Não bastasse essa mudança a banda ainda apresentou os resultados de uma influência "Metal Industrial" em suas composições - o que se pode comprovar em faixas como "Disaster" e "99 Dead(Wonderland)". O trabalho foi tão diferente dos anteriores que dividiu a crítica e os fãs. Tecnicamente o álbum é muito bom mas não é uma unanimidade.
The Mist - Ashes To Ashes, Dust To Dust (1993)
Mesmo sentido a desconfiança de fãs e críticas a "The Mist" continuou no rumo determinado por seus integrantes. Em 95 foi lançado "Gottverlassen", "esquecido por Deus", em alemão. O álbum manteve o clima "Industrial" do disco anterior - embora os recursos desse gênero apareçam melhor utilizados nesse registro. O Thrash Metal original da banda continua lá: agressivo, marcante, riffs cortantes e bateria veloz. A produção é perfeita. Dessa vez os vocais e o baixo ficaram a cargo de Cassiano Gobbet, Christiano (bateria) e Jairo(guitarra) mantiveram-se na formação que contou, ainda, com o apoio do guitarrista Fabio Andrey para os shows.
A questão que ficou foi:
será que a banda alcançou a identidade musical que queria
ou será que se perdeu ao deixar de lado o estilo "oldschool" que os consagrou?
O fato é que pouco tempo depois, em 97, a banda se separou.
Fim de uma era.
The Mist - Gottverlassem (1995)
"Almas atormentadas, tremei!"
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3 comentários inúteis:
Para mim, é sem dúvida uma das melhores bandas do Brasil.
Abraço
Otrebor (Portugal)
Véio, valeu demais! The Mist é mesmo uma das melhors bandas brasileiras da história...
Ver esse post dessa Banda pra mim me trouxe boas lembrancas com um dos primeiros vinil da epoca ano de 93 comecei a ouvir o estilo thrash metal com o vinil The Mist - Ashes To Ashes, Dust To Dust, Sepultura, Overdose e outros.
Vlw Pela Recordação.
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