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domingo, 13 de julho de 2008

Teen Idles - Minor Disturbance EP (1981)

Teen Idles

Washington, E.U.A

Estilo/Gênero: Hardcore,Punk







Eis um disco que carrega uma história fundamental para o campo das idéias dentro do Hardcore e do Punk, expondo conceitos que podem ser tidos como uma revolução dentro de outra, resultantes da contestação de valores, não da burguesia conformista, mas dos próprios ''colegas de punk'', que se consideravam como a contra-cultura da época.



O final dos anos 70, época em que fundadores da banda Ian MacKaye e Jeff Nelson estavam começando a compartilhar seu gosto musical, era uma boa hora para se conferir o que de fato havia mudado na vida daqueles que aderiram ao punk rock como filosofia, e que impactos verdadeiros eles conseguiram imprimir sobre a sociedade que tanto contestavam. Quem estava ali para mudar algo? E quem estava ali apenas para posar de rebelde e se divertir a custa dos outros?



Em 1979, o Ian e Jeff entram em contato com o estilo através de uma apresentação do The Cramps, em apoio à rádio independente da universidade de Georgetown, que lutava para difundir sons e idéias distintas das rádios convencionais (algo como a nossa Ralacoco da Unb). No mesmo ano, presenciar um show do Bad Brains abalou definitivamente a cabeça dos dois amigos, que, junto com George Grindle e Mark Sullivan, fundaram o The Slinkees, banda que mais tarde, após a saída de Sullivan e a entrada de Nathan Strejcek nos vocais, passou a se chamar Teen Idles.



Traduzindo, Teen Idles significa Adolescentes Inoperantes, enquanto que ironicamente Idles também soava como Idols, ou ídolos. Com esse conceito na cabeça, a banda grava duas demos, e aparece em diversos concertos em sua região, culminando com a abertura de um show para o Bad Brains. Posteriormente, saem em tour pela Califórnia para abrir shows do Dead Kennedys e Circle Jerks.



Musicalmente, o Teen Idles incitava a loucura em suas apresentações, com uma velocidade fora do comum para a época, e cuja estrutura consolidaria o Minor Threat como pioneira do Hardcore Punk. Em suas letras e atitudes porém, o Teen Idles estava passando dos limites, não criticava apenas as posturas da sociedade indiferentes, mas criticava também os próprios colegas. E isso sim passou a incomodar bastante.



No documentário hardcore Another State of Mind, MacKayne cita essa frase: ''Quando me tornei um Punk, descobri que estava na verdade lutando contra aqueles que considerava meus parceiros...Quando voltei da Califórnia, notei que esses ''parceiros'' só faziam beber e usar drogas''. Durante os shows, Strejcek criticava veementemente a imagem furiosa e as atitudes rebeldes que não tinham nenhum fim prático: ''As roupas que vestem perderam o objetivo, assim como a fúria em suas músicas''.



De que adiantava exibir moicanos, e ostentar o ''A'' se não se faz muito mais do anestesiar-se da realidade, e de forma direta ou indireta, continuar contribuindo com a manutenção do sistema que tanto criticam? O que significa ir para um show apenas para se entorpecer do mesmo jeito que a geração de jovens a que chamavam de conformistas filhos da burguesia?



''Era o Teen Idles contra o Mundo'', já dizia Zientara, dono da casa em que ocorreram as primeiras gravações do grupo. Sua verdade amarga feria a todos, e influenciaria o próprio Dead Kennedys a escrever sobre a falta de prática do Punk, em músicas como ''Anarchy for Sale'' e ''Chickenshit Conformist''.



Ao final de suas tours, a banda gasta todo o dinheiro ganho para a gravação de seu único EP, e que marcaria o fim de sua curta duração de apenas 14 meses de existência. No futuro, MacKeyne e Nelson se juntariam novamente para formar o Minor Threat.



Quem quiser ir além, pode aplicar essas idéias em outros estilos engajados como o Thrash Metal, cuja herança do Punk faz com que suas letras em geral sejam críticas, sarcásticas e inteligentes. Mas estaria isso sendo aproveitado? Ou em geral mesmo é apenas uma trilha sonora para beber e dançar?



Não tenho nenhuma conclusão definitiva, gostaria muito que vocês expressassem suas opiniões a respeito. Obrigado pela paciência!





6 comentários inúteis:

Anônimo disse...

sem palavras cara , maravilhoso obrigado pelo presente.

Hellraiser disse...

Amigo Ruptured, bela escolha para o post. Realmente, Teen Idles pode e deve ser considerado um marco dentro da história do punk.

Fruto do amadurecimento (em todos os sentidos) de seus integrantes e fãs, eram considerados quase que uma aberração: seguidores de um contra-movimento niilista (baseado mais na negação do que na proposição de soluções)que, com seus discursos diretos e críticos, apontavam as incoerências do discurso e da atitude punk.
Mais do que ídolos, podem-lhes atribuir, então, o termo "ideólogos", já que lançaram as bases do que viria a ser o movimento Straight Edge.
Consciência e auto-crítica movidas a hardcore sincero e muito bem praticado.
Num período em que já haviam condições para que se fizesse uma análise mais consciente da realidade e dos rumos tomados pelos praticantes da ideologia punk (pois muita história já tinha acontecido e sido vivenciada por aquela geração) foi preciso que uma voz se levantasse e gritasse bem alto que as práticas adotadas não mais condiziam com os discursos proclamados nem com os objetivos almejados, que o punk havia, sem perceber, caído na "armadilha" do sistema, passando a cometer os mesmos erros das gerações anteriores,
apenas com uma nova roupagem.
As drogas, o sexo, a violência, a intolerância, a alienação, a mercantilização de seus valores (como o princípio "Anarquia" que chegou até
a virar marca de roupa), os modos (o modo de agir, de vestir, de se comportar - virando um simples clichê,), enfim, o Punk passava, então,
a jogar "o jogo do sistema" utilizando "as regras do sistema". Em terras-brasilis, me vem à cabeça o saudoso Replicantes:

"Tom e Jerry

Capitalismo e comunismo são disfarces do fascismo
Violência e miséria são detalhes dos países
Nacionalismo e direitismo são as armas dos burgueses
Armamentismo e imperialismo são os braços dos governos
Tom e Jerry
Tom e Jerry
Moralismo e censura são as facas do inimigo
Anarquia é utopia faça uma todo dia
Ocidente e oriente são apenas mecanismos
Consumismo e egoísmo são as drogas do sistema
Tom e Jerry
Tom e Jerry
Bomba atômica e corrente servem para a mesma coisa
Bomba atômica e porrete servem para a mesma coisa
Seja punk mas não seja burro
Seja punk mas não seja burro "

(um clássico!)

Por outro lado, não podemos nos esquecer que o movimento punk insere-se dentro de um gênero mais amplo: o rock.
Tal qual o punk, esse gênero nasceu sem saber muito bem onde se calcar. Instintivamente, foi logo sedimentando seu espaço sobre dois princípios: diversão e a rebeldia.
Deve-se compreender esses princípios tendo em vista o período histórico vivido: anos 50.

O pós-guerra era denso, cheio de despedidas (pais, irmãos que foram pra guerra - e alguns não voltaram), famílias que, por causa disso, tiveram que mudar seu comportamento, adotando uma maior rigidez, jovens assumindo as responsabilidades dos adultos,
valores ainda mais arraigados ao tradicional comportamento classe-média.
Isso impunha limites cada vez maiores aos jovens, delegando a eles apenas o papel de meros reprodutores do comportamento adulto.

A (re)construção dos ideais, dos valores - que pelo lado negativo deu origem ao "American Way of Life", tudo isso amalgamado pelo sentimento de liberdade que a derrota nazista gerou no mundo e principalmente nos jovens,
convergia para a camada social mais aberta a incorporar tais elementos: os jovens.

Surgem os "beatnicks", uma geração intelectualizada e disposta a ampliar os horizontes. Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs,
Gregory Corso, Clellon Holmes, Carl Solomon, Lawrence Ferlinghetti, Barbara Guest, Denise Levertov, Frank O’Hara, John Ashbery, Keneth Patchen.

Partir ao acaso, ao encontro das aventuras da estrada, fugir ao remanso sufocante da casa, da família, dos bens materiais, do conformismo, escapar à domesticação, mas também ao ghetto, às "patrulhas ideológicas", à prisão mental, e partir à procura da sabedoria e da verdade. A Guerra havia propiciado o contato com culturas diferentes. A partir daí, perceber que os valores da sociedade americana mais
aprisionavam do que libertavam, foi um passo. A liberdade podia ser encontrada num novo jeito de pensar, em novas formas de enxergar, daí a utilização das drogas numa tentativa de religar o homem-social-enquadrado ao homem livre de verdade.
Explode o Jazz: a liberdade de criar, de improvisar. Cada vez mais a mente dos jovens excede seus próprios limites.
Surgem os hippies: proletário avesso ao trabalho, lança-senos estupefacientes para melhor gozar a vida. É limpo, activo e faustiano, diferente do beatnick que vem da classe média, e não trabalha, atitude que desafia o conformismo dos pais. Esse é desalinhado, contemplativo,
místico e poético. O beatnick é mais sentimental que sexual, mais cerebral que corporal. Logo, esses dois expoentes misturam-se e confluem em doses diferentes em cada indivíduo em concreto.

Kerouac distingue em “ The origins of the Beat Generation” dois estilos diferentes:
"o “cool” é o tipo lacônico e barbudo, sentado à frente de uma cerveja, a falar em voz baixa, e rodeado de garotass vestidas de preto que não abrem a boca;
o “hot” é um tipo louco, inocente, de coração aberto e olhos brilhantes, conversador bebido, a saltar de bar em bar. Em 1948 os tipos “hot” andavam de carro
de um lado para o outro, no estilo on the road, à procura de jazz frenético e estridente, executado por Willis Jackson ou Lucky Thompson, enquanto os tipos
“cool” permaneciam imóveis num silêncio mortal face aos excelentes grupos de Lennie Tristano e Miles Davis".
E conclui: "Claro está que a maioria dos artistas da geração beat eram tipos “hot”.
Percebem as semelhanças com o estilo "rock´n´roll"?
As gerações se sucedem e com elas as misturas de ideologias, comportamento e modos vivendis. Isso é saudável. Isso é vital.
Para que uma geração se reconheça e tome consciência de seu papel social é indispensável que ela questione a geração anterior,
faz parte do crescimento, do amadurecimento. É assim entre pais e filhos. É assim com os movimentos. É assim no rock.
O passo dado pelo Teen Idles foi muito importante. Estabeleceu um divisor, uma ruptura com a realidade de até então.
Porém, não é a única, nem a derradeira (ainda bem).

Li no "rascunho" do post que "Teen Idles" seria uma resposta ao post do "Nashville Pussy".

Amigos, em momento algum passou-me que, com aquele post (Nashville Pussy) eu pudesse estar de alguma forma questionando alguma coisa, muito menos alguém.

Passei, primeiramente, a visitar esse blog porque me identifico musicalmente com muito do que era postado aqui.
Convidado a participar, passei a colaborar porque me senti á vontado, mesmo sendo o "som brabera" apenas uma das minhas preferências musicais.

Todo post feito por mim, e eles já são alguns, que vão do Heavy Metal do Mercyful Fate ao Punk/Hardcore do Anti-Cimex, representam um pouco de mim. Sinto-me confortável com o rótulo "roqueiro": por mim postaria Elvis, Ministry, Ramones, Pink Floyd, Teen Idles e Nashville Pussy!

Como disse no post "não recomendo que ninguém vivencie aquelas experiências", assim como faria a mesma recomendação para qualquer disco do Matanza (que
tem praticamente a mesma temática),do Slayer (demonstrem piedade (show (no) mercy), viu, menininos..rs), ou do Suicidal (suicídio, nem pensar). Mas
não deixo de ouví-los porque consigo interpretar o que eles dizem (assim como foi recomendado ao "Nadilson" que não deixasse de escutar Exploited por que ele havia visto uma foto do Wattie fazendo a "saudação nazista".
Devo lembrar também que "live fast, die young" é muito mais do que fazer qualquer coisa que possa causar a própria morte: diz repeito à atitude - faça o que você acha que deva fazer, seja responsável pelo que faz, e faça agora, no melhor estilo "Do it Yourself".

Como tentei explicar no texto acima, acredito - sinceramente - que a vertentes "cool" e "hot" podem caminhar paralela, uma completando a outra, sem se excluir. Quando quero pensar, leio Nietzsche. Quando quero rir, leio Ari Toledo.

E rock, amigos, por mais barulhento que seja, é arte, e arte é a projeção do que está dentro de cada um canalizada de um modo positivo, nossos sonhos ("Festa Punk), medos(Chernobil)., angústias (Hippie-punk-rajneesh) e desejos (Frankenstein Bonito), só pra exemplificar citando músicas dos Replicantes (que estão me perseguindo hoje..)

Ah.. a propósito: não bebo, não fumo (nada), não tenho porte de arma nem atiro em nada nem nignuém. Infelizmente não tenho um conversível .. e das garotas nem vou falar porque senão a "patroa" joga o rolo de macarrão em mim..

Um abraço e desculpe o incômodo.

Anônimo disse...

muito foda,fiquei comtente com este post ,valeu mesmo ruptured

Ruptured disse...

Hellraiser,

Seu comentário é tão rico e completo que é possível abordar uma enorme diversidade de tópicos a partir dele.

Inicialmente, gostaria de adiantar o fato do meu post ter sido, a princípio, uma resposta ao Nashville Pussy. Mas como comentei no final, não tenho nenhuma conclusão pia e certa sobre o assunto, ou estou vendo a Razão bem de frente dos meus olhos, gostaria apenas de mostrar um outro lado e de suscitar comentários como o seu próprio.

Com a postagem do Teen, estou muito longe de atacar o Nashville, e a uma distância infinita de atacar seu postador, e embora tenha quase certeza de que não foi essa sua interpretação, mas o respeito por seu conhecimento geral que tem demonstrado aqui no blog, e até pelo pouco que conheço do seu pessoal me faz querer afastar definitivamente essa possibilidade.

Vamos então às idéias!

Viver rápido e morrer cedo é um conceito que marca profundamente a atmosfera daquilo que postamos por aqui, não há como confrontar a ''lezeira'' cansativa da rotina a que somos submetidos sem citá-lo. O mais interessante é a possibilidade de se atingir esse patamar através de maneiras bastante distintas, a prova maior disso, é a de que as duas bandas que acidentalmente colocamos em confronto pregam métodos completamente diferentes de alcançá-lo.

E embora você tenha citado que está longe de concretizar o ''jeito Nashville de viver rápido, se eu postei o Idle é por que tem algo neles que me chama atenção, algo que a priori parece ser totalmente contrário ao sentido de se divertir e fugir da rotina, que é a conseqüência. E falar da importância da conseqüência me faz pensar como muitas posturas que vão ferozmente de encontro a outras podem perfeitamente coincidir em diversas atitudes.

Para não fazer muitos rodeios sobre isso, cito logo que quando pensamos em conseqüências, fazemos rapidamente referência ao moralismo, freqüentemente associado ao poder direcionador das religiões e seus valores sobre uma sociedade. Tudo é conseguinte para o moralismo, e é acompanhado de uma repulsa em caso de transgressão, seja ela social e concreta ou espiritual.

Na face extrema oposta deste conceito, está o jeito de ser feliz da rapaziada do Nashville, cuja intenção última é a de se preocupar com os frutos de suas ações e reações. E nesse ponto, concordo integralmente, afinal o que eles estão gozando é real, enquanto que as conseqüências que tentaram colocar em suas cabeças jamais foram provadas, ou estão tão obscuras que aqueles que forem ousados o suficiente para contorná-las mais provavelmente serão recompensados do que reprimidos. Nem todos são capazes de desafiar algo que oferece, mesmo que sejam poucos, riscos, e em geral, é mais confortável se adequar do que enfrentar, mesmo que as recompensas sejam grandes e as complicações incertas.

O problema do Live Fast Die Young, está na própria definição do ''FAST'', que deixa pouco ou nenhum tempo para que se pense nas conseqüências, nem tanto para si, mas para os outros. Sem refletir, os adeptos tomarão por base aquilo que for mais facilmente acessível, e cairão, ironicamente, no mesmo conflito da moral fanática religiosa, que é atingir seus objetivos acima de qualquer consideração que possa ser expressa por outrem.

Em suma, simplesmente divertir-se, em um mundo em que carros velozes são produzidos a custa de devastação desmedida, e que o petróleo que o abastece faz com que as nações ignorem a necessidade de educar a população, em que diamantes são extraídos através de trabalho escravo infantil, em que drogas são obtidas via opressão de comunidades e corrupção policial e em que a prostituição é, em geral, fruto da falta de oportunidades de um sistema que vive caindo em contradições.

Seria isso ser simples? Ser simples em um sistema tão complexo significa refletir suas mesmas características. Enquanto que, por experiência própria, sei que tentar ser simples e remar contra a maré é na grande maioria das vezes interpretado como complexo neurótico, beirando à loucura extravagante.

Provavelmente, foi isso que me despertou curiosidade no ideal do Teen Idles, e que me fez me identificar tanto com os seus sons e letras.

Um grande abraço Hell! Aguardo desde de concordâncias suaves a críticas ferrenhas! E como citei, ainda tem muitos tópicos a abordar!

Ruptured disse...

Muito obrigado ao sr. Anônimo, e ao Chakal pelos comentários!

Continuem por aqui.

BlackHammet disse...

Bom, excelente post como de costume. Não vou entrar no assunto Nashville pois acho que isso não era pra ser discutido aqui, um post não tem nada a ver com o outro, são culturas diferentes.

Sobre o Teen Idle:

Concordo com o ideal deles, pois na época o punk estava realmente uma decadência, e estava perdendo os rumos de seu objetivo principal.

Ao mesmo tempo, vendo o SxE hoje, não concordo com a postura: uma coisa é você assumir uma postura de não usar drogas (cerveja, cigarro, entre outros) pois a facção jovem que se propoe a enfrentar o sistema (punk) está entorpecida por mecanismos dele (drogas). E eliminando as drogas, o que se tem é maior concentração e foco no ideal de mudança da sociedade, princípio do punk.

Agora outra coisa é hoje, com o segmento SxE já bem desenvolvido, querer criar uma postura de "drug free" absurda, cortando desde o principal (que eu concordo): bebidas alcoólicas, cigarro, ervas, etc. Até o , para mim cômico (não concordo): café, refrigerante, vinagre e sei lá mais o que...

Nada contra os SxE's, tenho muitos amigos que são, concordo com o ideal (original e não o absurdo de hoje). Se eu fosse um cara que bebesse até cair, vomitasse sempre, não lembrasse do que eu fiz na noite anterior, estivesse com um quadro clínico ruim por causa da bebida, com certeza eu seria SxE, mas eu bebo socialmente, e principalmente, não perco meu ponto de vista nem a noção da situação social atual quando bebo. Então para mim o SxE não funcionaria (lembrando que não fumo nada, e só bebo cerveja).

Bom, não sei se me fiz entender bem, não sei se o texto ficou confuso, se for necessário eu comento novamente.

E obrigado aos que comentaram.

 

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