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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Dead Kennedys

Dead Kennedys' Discography
São Francisco, Califórnia, E.U.A
Estilo/Gênero: Hardcore, Punk


Coincidentemente, tanto eu como o nosso parceiro Kroozer do blog derivados.com estávamos a upar a discografia do Dead Kennedys, e, ao invés de procurarmos assassinar um ao outro resolvemos dividir os papéis, complementando o trabalho um do outro.

Ou seja, o ''resto'' da discografia foi postada por lá!

Então, visitem derivadoscom.blogspot.com para obtê-lo

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Sorte daqueles que extraíram toda a genialidade das letras, do instrumental e da atitude que fazem dos Dead Kennedys um dos símbolos máximos do significado do punk. Das primeiras tiramos o máximo de uma acidez incômoda, livre de rancor e carregada da mais cruel ironia, chateando sistematicamente cada setor da sociedade americana. Do segundo, tiramos desde de um rock leve e criativo que complementa a ironia das letras (Kill the Poor, Holiday in Camboja) até a pancadaria destrutiva que complementam o esporro das idéias de músicas como Nazi Punks Fuck Off e Religious Vomit. Da terceira, é inegável o foco em seu personagem mais ativo, Jello Biafra, ator incansável em qualquer manifestação, um dos candidados de protesto mais significativos do Partido Verde americano, idealizador de uma gravadora que lançou auxiliou centenas de bandas em seu início, sendo que é até difícil falar sobre ele sem parecer que é um herói mítico do underground.

Formados em Junho de 1978, quando o guitarrista East Bay Ray conheçou os integrantes em um show punk, a formação original contava com Jello Biafra, Klaus Flouride e Carlos Cadona. Após as primeiras demos, Ted substitui Carlos na Bateria já em Julho, que voltaria a tocar no DK como guitarrista no futuro. Seu primeiro show não demorou para acontecer, em 19 de Julho de 78, exatamente no mesmo lugar que eles se conheceram (Mabuhay Gardens).

Frequentemente, por causa de seu nome ofensivo, uma vez que o cadáver do John Kennedy ainda estava esfriando, o DK usava nomes falsos como ''The Sharks'', ''The Creamsicles'', ''Pink Twinkies (?!)''. Sobre Dead Kennedys, Jello diz que o objetivo não é ofender o presidente democrata, uma vez que este conseguiu aplicar uma política muito mais pacífica e progressiva que seu ''cowboy'' sucessor, Ronald Reagan, mas na verdade sinalizar que o ''Sonho Americano'' acabou com a morte do presidente.

Em Junho de 1979 a banda solta o primeiro single, ''California Über Alles''. Referência a tendência a extrema direita que estava se desenvolvendo na costa oeste, em meio à paranóia anti-comunista e ao aumento do número de imigrantes. Über Alles é uma antiga saudação do Partido Nacional-Socialista Alemão (NAZI), deixarei que vosso raciocínio faça o resto!

O single já foi lançado pela Alternative Tentacles , a lenda viva das gravadoras independentes, permitindo que bandas críticas e irônicas como o DK não precisasem de grandes gravadoras lançar seus discos.

Em março de 1980, o DK já havia chamado muita atenção da costa oeste, unindo muitos petardos loucos em seus shows, em suas primeiras versões de massas humanas se esmagando nos pits. Toda essa atenção fez com que fossem convidados para o ''Bay Area Music Awards'', organizado por grandes indústrias da música. Os caras toparam, e após 15 segundos de California Über Alles, Jello solta um grito ''Hold it!!!'' e prossegue o discurso recheado da tradicional ironia:

''Temos que provar que agora somos adultos! Não somos uma banda de punk rock...Oh somos a New Wave''

Finalmente, tocam a inédita Pull My Strings, cujo refrão clássico é ''Será que meu pênis é grande o bastante? E meu cérebro pequeno o bastante, para ser estrela?'' Creio que não é preciso falar muito mais sobre o episódio.

Pull My Strings:



De fato, é difícil falar sobre as ''aventuras'' do DK sem me prolongar em um texto gigante. Após o In God we Trust Inc, o grupo passa de uma banda para uma verdadeira força política, girando várias convenções e paletras ao seu redor, muitas delas proferidas pelo próprio Jello, cada vez mais aplicado e crítico em relação as políticas americanas, sem perdoar Ronald Reagan, George Bush e seu filho, em seus diversos registros dos ''Spoken Albuns''.

Após o Badtime for Democracy, a era de ouro do DK enfrenta sérios problemas.Decepcionados com a cenas undergrounds, cada vez mais preenchidas por gente vazia que só serviam para transformar os circle pits em campos de batalha (parece que nada mudou), pela invasão Neo-Nazis em seus shows, e pelo punk superficial e focado apenas na imagem, abalaram o brilho e vontade da banda seguir pelo mesmo caminho.

Jello continua seu trabalho se aliando a diversas bandas e mantendo a Alternative Tentacles na ativa. Até que os antigos membro covardemente processam o Jello por gravar os discos do DK pela AT sem ''suas'' autorizações. Após a decisão jurídica, e incapaz de pagar pelos ''royaties'' dos discos do DK, os direitos autorais são transferidos pelos ex-membros, que na maior cara de pau passam a vender os discos pela ''Manifesto Records'' e saem em turnê com um vocal meia boca para angariar alguns fundos.

Punk is not Dead, mas certamente esse DK que nós vemos hoje está. É algo como Dead Dead Kennedys, mas o que não impede em nada de aproveitar o passado dessa gloriosa banda, que faz parte, junto com o Crass, das minhas primeiras referêncais mentais quando penso em Punk.

Bom divertimento, e NAZI PUNKS FUCK OFF!
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1979 - Cold Fish Demo Tape


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1983 - Live at the Old Waldorf (bootleg)

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1982 - Live in Germany (bootleg)



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1982 - Nazi Punks Fuck Off 7''

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1995 - Jello's Revenge (bootleg)


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1984 - Live in Los Angeles (bootleg)




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1984 - Live on Broadway (bootleg)

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1984 - Never been on MTV (bootleg)


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19?? - Spend 4th July with DK (bootleg)


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2001 - Mutiny on the Bay


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2 comentários inúteis:

Anônimo disse...

Saudações, Rup.
Bem aventurados os que caminham com Jello pois deles será o reino do Hardcore! Se Jello é por nós, quem há de ser contra nós? Alegrem-se e rejubilem-se pois ele - Jello - está entre nós! À César o que é de César e à Jello o que é de Jello!
"In Jello We Trust!"

Ruptured disse...

Obrigado pelos comentários!

Mas agradeçam ao dk e não a mim, seu mero veículo!

E adorei o ''dai a Jello o que é de Jello'', por que de fato boa parte do ''império'' do underground é dele, uma vez que é uma inspiração a todos aqueles sempre se sentem um pouco abatidos perante toda a palhaçada que vemos todos os dias...

É o que faz preferir a morte a ter que simplesmente me submeter a uma vida pacata, vazia e conformista...

 

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