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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Vice Squad.
Bristol, UK.
Estilo/Gênero: Punk



"Vice Squad é uma banda punk inglesa surgida no fim dos anos 70 e com vocal feminino. Com um som foda pra caralho, vocal de alto nível. Ouço Vice Squad e ja me vem á mente imagens dos punks da minha cidade pogando."

Eu poderia deixar só essa informação básica aqui no post, mas fui atrás de pelo menos um pouco de história da banda, porque apesar dessa banda ser velha conhecida da galera que curte um bom punk, tem muita gente que ainda não conhece.

E aí que eu encontrei um ótimo link: o site Portal do Rock conseguiu entrevistar a Beki!(vocal) E ainda por cima, antes de entrevista eles comentam rapidamente a bio da banda, ou seja, perfeito!

Segue abaixo então a entrevista com Beki Bondage do Vice Squad realizada pelo Portal do Rock.


" Entrevista Exclusiva

18/08/2001 - Londres - Reino Unido

O Portal do Rock tem o maior prazer e orgulho em trazer para vocês esta exclusiva e recente entrevista feita com a gata Rebecca Louise Bond, Beki Bondage como é mais conhecida, líder e vocalista de uma das mais influentes e populares banda de punk rock da Europa em todos os tempos, o Vice Squad.

Beki é sem dúvida a musa maior do punk e é considerada a Primeira Ministra dos Punks. Sempre teve uma atitude respeitada no movimento ideológico punk, além de ter sido autora de hinos do punk rock como "Rock & Roll Massacre" e "Stand Strong, Stand Proud".

Mas antes de ler a entrevista com Beki, vamos falar um pouco da história da musa e sua lendária banda.

Beki e o Vice Squad

Originária da cinzas de velhas bandas como The Contingent e TV Brakes, o Vice Squad foi formado na cidade inglesa de Bristol no início de 1979, com a seguinte formação: Beki Bondage - vocal, Dave Bateman - guitarra, Mark Hambly - baixo e Shane Baldwin - bateria.

Depois de apenas três shows turbulentos, eles conseguiram uma participação na coletânea "Avon Calling", que saiu pela Heartbeat Records, que foi o selo que deu origem ao selo da banda, chamado Riot City Records.

Depois de abrir shows para bandas como The Damned e The Ruts, recebendo grandes elogios da imprensa britânica, principalmente pelo visual de Beki, sempre trajando roupas de couro e um puta visual punk, o Vice Squad lançou seu primeiro EP chamado "Last Rockers", no começo de 1981.

Com o apoio do DJ John Peel e do jornalista Carry Bushell da Sounds, o single "Last Rockers" chegou ao top 1 da parada das bandas independentes, levando a banda a uma posição de destaque na primeira divisão do punk rock mundial em questão de semanas! O EP "Ressurection", lançado em maio de 1981, também seguiu os mesmos passos do EP anterior e detonou o primeiro lugar nas paradas independentes, fazendo com que a EMI se interessasse pela banda ao ponto de contratá-la, englobando o selo Riot City.

A determinação da gravadora EMI em reproduzir o sucesso da banda nas paradas independentes, para as paradas oficiais do Reino Unido logo deu resultados, sendo que o single "Out of Reach" alcançou a posição número 68 na parada Top 75 inglesa, concedendo à banda seu hit de maior sucesso.

Este estouro preparou o caminho para o lançamento do primeiro LP da banda, chamado 'No Cause For Concern'. Este LP esteve por mais de 5 semanas nas paradas e chegou à posição número 32, o que foi uma super surpresa, tendo em vista que este LP foi gravado e produzido em apenas três dias. Depois do lançamento deste álbum, a banda fez uma extensa turnê pela Inglaterra, inclusive com um show em Londres, no dia do casamento do Príncipe Charles com a falecida Princesa Diana.

Este álbum trazia ainda uma versão da música "The Times Are Changing", de Bob Dylan e foi realmente um marco em termos de produção musical no estilo punk rock.

No começo deste ano Beki e Paul se juntaram ao jornalista e famoso historiador musical Alan Parker no também famoso estúdio Abbey Road (aquele dos Beatles), para os últimos retoques no mais novo CD do Vice Squad, chamado "Bang to Rights", que foi lançado em maio deste ano.

Este CD foi lançado pela EMI/Capitol Records e pode ser encontrado nas melhores lojas de CDs importados do país, inclusive na loja de CDs do Portal do Rock. Dentre as faixas encontram-se as clássicas "Rock & Roll Massacre", "Last Rockers", e "Evil", com qualidade superior às versões encontradas em outras coletâneas da banda.

Além destas clássicas, ainda estão no CD outras 10 músicas inéditas e o que é mais interessante, uma fantástica entrevista em áudio, onde Alan Parker entrevista Beki Bondage, sendo que esta é a única entrevista gravada em muitos anos de afastamento de Beki da mídia.

A Entrevista

Portal: Como estavam as coisas e o clima em Bristol no final dos anos 70, no que diz respeito à juventude, bandas, música e porque você entrou naquela onda do punk rock?

Beki: A maioria dos carinhas que estavam comigo na escola estavam curtindo discoteque ou bandas tipo Deep Purple e Dr. Feelgood, mas tinha uns amigos que já curtiam punk e eu achei que o punk rock era muito mais interessante, mesmo porque eu sempre amei o som de guitarras elétricas, mas nas bandas de heavy metal a presença feminina era limitada na época, pois as banda de metal eram um pouco machistas. Por isso também o punk me atraiu. No punk rock era diferente, tinha minas como Siouxie, Poly Styrene, Gaye Advert, etc. Eu era também meio rebelde desde pequena e me amarrei muito na idéia de anarquia do punk.

Portal: Como era ser mulher, punk e vocalista de banda, no final dos anos 70, na Europa?

Beki: Na verdade a gente começou a aparecer mesmo no começo dos anos 80. Era muito legal em diversos aspectos, porque éramos jovens e ingênuos, mas eu fazia um monte de beteiras, como beber até cair, tomar drogas e sair por ai com pessoas mais velhas, sendo expulsos de bares, etc. Eu cai de quatro pelo movimento punk e deixei prá lá a escola e só queria saber de cantar. A gente fazia vários shows em diferentes lugares de Bristol naqueles tempos, sempre em colégios, o que me fez conhecer o nascimento de várias bandas punks.

Portal: Fale um pouco sobre suas influências musicais no começo da carreira (quando tocava no Vice Squad) e as de agora.

Beki: Eu curti muito The Clash, The Damned e Sex Pistols, mas sempre tentei cantar como a Siouxie e a Poly Styrene. Eu acredito que todo vocalista começa a carreira imitando alguém. Hoje eu ainda curto as mesmas bandas mas também gosto de cantores com vozes potentes como Little Richard, Noddy Holder, Aretha Franklin e Janis Joplin.

Portal: Quando você estava cantando no Vice Squad porque vocês decidiram criar seu próprio selo e como foi o contrato com a EMI? Foi bom? Você aconselharia bandas a terem seus próprios selos?

Beki: Na verdade a gente não era os donos do selo, a gente bancou toda a gravação de nosso primeiro EP e apenas demos o nome do selo, que era “Riot City Records”. O dono era um cara chamado Simon Edwards. Quanto ao contrato com a EMI eu posso dizer que foi bom, pois eles não interferiram na nossa criação artística. Não sei dizer se é melhor para uma banda ter seu próprio selo. Eu aconselharia as bandas a jamais deixar de ouvir o conselho de um advogado antes de assinar qualquer contrato ou passar as músicas para qualquer gravadora. Falo isso, pois passei muitas músicas minhas no nome da gravadora e me ferrei.

Portal: Porque você saiu do Vice Squad e como está a banda hoje?

Beki: Eu acho a maior deprê ter que responder esta pergunta, pois ela só me leva de volta ao passado! Eu sai da banda porque não me dava bem com o manager e com o resto da banda naqueles tempos e estava buscando uma maior independência. Eu não desejo nenhum mal aos antigos integrantes da banda e olhando para tudo o que produzimos juntos no passado, vejo que eles eram pessoas talentosas e compuseram excelentes músicas. Como eles não estão mais no ramo da música, quando eu resolvi voltar com o Vice Squad eu não quiz tocar com eles novamente. Não sei o que eles têm feito hoje em dia, a não ser pelo Dave que casou e trabalha em outro ramo e o Shane, que acabou virando jornalista. Quanto ao Mark, eu não sei o que ele está fazendo hoje. Eu entendo as razões que os fizeram abandonar a música. É muito difícil sobreviver com uma banda de rock, ao menos que você seja muto bem sucedido. Você tem que lutar contra rejeições, preconceitos e manter um padrão de vida bem humilde.

Portal: Você poderia citar alguma turnê que vocês tenham feito ao lado de alguma banda, que vocês curtiram tocar juntos?

Beki: A turnê Social Chaos USA 1999, nos EUA, foi a melhor de todas. Foi uma turnê muito difícil ao lado de outras 14 bandas, que resultou em muitas brigas e confusões, devido aos problemas de má alimentação e poucas horas de sono. Mas tudo acabou bem e foi muito gratificante. Senti muitas saudades de todas as outras bandas quando a turnê acabou. As bandas eram: T.S.O.L, Sloppy Seconds, Anti-Heroes, L.E.S Stitches, The Business, UK Subs, One Way System, D.R.I e DH Pelligro, entre outras.

Portal: Você chegou a conhecer os Sex Pistols? Eles fora influências para você ou não? E os Ramones? Você curtia o som deles?

Beki: Não cheguei a conhecer os Pistols pessoalmente e nunca os vi tocando pois eu era muito nova na época. Eu vi os Ramones ao vivo. Na verdade, o single da música "Sheena is a Punk Rocker" foi o primeiro disco que eu comprei.

Portal: Você conhece alguma banda brasileira e você alguma vez pensou em tocar no Brasil?

Beki: Claro! Eu sei que a cena metal no Brasil é muto boa e nossos amigos do Varukers acabaram de fazer uma turnê pela América do Sul e disseram que a cena punk está detonando também. A gente adoraria tocar no Brasil.

Portal: Vocês têm novos projetos? Novos CDs em vista? Carreira solo? O que podemos esperar?

Beki: Temos um novo CD que saiu pela EMI, chamado “Bang To Rights”, que é uma verdadeira coletânea do Vice Squad, com 19 faixas antigas e novas. Estou começando a compor músicas para meu álbum solo e claro estamos compondo também para o novo álbum do Vice Squad.

Portal: Alguma mensagem para os fãs do Brasil?

Beki: Sim. A gente quer conhecer o Brasil e tocar para vocês. Obrigado pelo apoio. Apreciamos muito. Boa sorte a todos e esperamos nos ver em breve. "Lots of love from Beki, Paul, Mildred and Tone".


Marcio Faveri - da redação"

Pagina Original da Entrevista
Site Oficial da Banda

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